terça-feira, 16 de setembro de 2008


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Mensagem aos leitores
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Nos últimos dias tenho enviados esses pequenos spams diários de poesia.

Chegaram ao meu e-mail algumas dúvidas e indagações das razões que fizeram brotar essa iniciativa.

Não tenho uma resposta pronta.

Acredito que a primeira razão é que eu gosto de poesia. E me deu na telha socializar minhas leituras.

A poesia sob certo aspecto é condutora de vida, ao sintetizar em palavras os sentimentos humanos. E como diria Terêncio no aforismo prededileto de Marx: "Nada do que é humano me é estranho".

Penso que poesia é uma forma de seduzir cada um pela emoção e pela sensibilidade.

É onde cada ser humano pode traduzir o que existe de profundo na alma.

E para qualquer um que esteja pela emancipação humana de todo tipo de opressão, a poesia é uma recanto de energia e libido. O velho revolucionário russo Leon Trotski diria que "A revolução trará não somente direito ao pão, mas também à poesia". É o que acredito.

Como o poeta surrealistas e ousado militante revolucionário Benjamin Peret penso que: "O poeta deve antes do mais tomar consciência da sua natureza e do seu lugar no mundo. É um inventor para o qual a descoberta não é mais do que o meio de atingir nova descoberta, pelo que tem de combater sem tréguas os deuses paralisantes que se obstinam a manter o homem servo das potências sociais e da divindade que se completam mutuamente. Há-de ser, pois, revolucionário, mas não daqueles que, opondo-se ao tirano de hoje, que lhes é nefasto por ser contrário aos seus interesses, louvam o de amanhã, de que já se instituiram servidores. Não, o poeta luta contra toda a opressão: a começar pela do homem pelo homem e a continuar pela opressão do seu pensamento pelos dogmas religiosos, filosóficos ou sociais. Combate para que o homem atinja um conhecimento de si próprio e do universo que se vá aperfeiçoando sem parar. Donde não se segue, porém, que deseje pôr a poesia ao serviço de uma acção política, mesmo que revolucionária. Mas a sua qualidade de poeta faz dele um revolucionário que tem de combater em todos os terrenos: o da poesia pelos meios próprios à poesia e o da acção social, sem nunca confundir os dois campos de acção, sob pena de restabelecer a confusão que há que dissipar, deixando assim de ser poeta, isto é, revolucionário."

Nesse e-mail diário peço licença para a cada dia depositar um poema (que podem ser na forma de palavras, imagens ou até vídeos) no e-mail de vocês. Quem não quiser receber mais, é só pedir. Quem quiser enviar o e-mail de alguém para receber também, fique a vontade. Quem quiser colaborar, eu agradeço.

Cada manifestação de vocês será bem-vinda.

Boa leitura.

Beijos e abraços,

Alexandre Linares

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