sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Dica de evento na periferia de São Paulo


Dica de evento enviada pela querida amiga Cássia Souza, jornalista e editora do Café Gorki.

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2º SARAU DA ADEMAR

19/outubro - a partir das 16h


MÚSICA * POESIA * CULTURA
CAMARADAGEM * RESPEITO * RAP
CONSCIENTIZAÇÃO * LITERATURA
MOVIMENTO SOCIAL * VOCÊ

Show com as bandas Diébanus e Balanço Universal

Nakasa Rock MPB Bar

R. Públio Pimentel, 65 - (altura do 3850 da Av. Cupecê) - Cidade Ademar, São Paulo
Tel 5622-4410

Veja as fotos do último SARAU no blog:
http://saraudaademar.blogspot.com/

** PALAVRA, PODER PARA O POVO **

Reconhecida


Canta tua poesia engasgada

embranquecida no ritmo dos

dias todos tolos

Dias esquecidos todos roucos

irreconhecidos,irreconhecíveis

novos poucos.

Enquanto vivo meu mundo

amarelecido, desconhecido de mundos outros

Enquanto todos vivem seu mundo

embevecido, privativo

compulsório irrefletido

irremissível oco

Fala tua poesia rasgada

de versos incontidos

combativos do impessoal infinitivo

Infinito, sem fim, sem limite

definido

Dias reconhecidos em mundos outros

inserido, incumbido

de produzir o improduto

homem novo

reflexivo, referido

reagido ao desvalido mercantil enobrecido

informa, forma, manifesta uma prosa

poética polifilética

E desengasga teu canto

minha fala

reconhecida, proferida, individida

fala escancarada,

poesia,

desejada desterrada.

[ R.N. ]


Sobre a autora:

R.N. é uma querida amiga e camarada.
Me presenteou com esse pequeno poema no dia do meu aniversário (7/10).



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Mensagem aos leitores

Peço desculpas pela ausência.

Tive problemas técnicos com a internet, por isso não pude enviar as edições do A Desonra dos Poetas.

Agora retomamos o leme dessa pequena nau.

Saudações,

Alexandre Linares

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Alfa e Ômega


Um beijo
Encadeou rios
Em um só leito
Amante de um curso
perdido entre as águas

Quem estava agora na corrente
enquanto um pardal
flui em ouros cenários.

Deixa, se foi
nada se pode deter
Não tem jeito.


[ Nora Alarcón ]

Sobre a autora:
Nasceu em Ayacucho, Peru, em 1967. Estudou cinema e jornalismo.


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Versão original em espanhol:

Alfa e Omega

Un beso
Encadenó ríos
A un solo cauce
Amante de un curso
perdido entre las aguas

Quién estará ahora en la corriente
mientras ese gorrión
Fluye en otros escenarios


Deja, ya fue
nada se puede detener
No tiene remedio.


[ Nora Alarcón ]

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Cântico dos cânticos

( fragmento )

Quão belos são os teus pés
nas sandálias que trazes, ó filha de príncipe!
As colunas das tuas pernas são como anéis
trabalhados por mãos de artista.
o teu umbigo é uma taça arredondada,
que nunca está desprovida de vinho.
O teu ventre é como um monte de trigo
cercado de lírios.
Os teus dois seios são como dois filhinhos
gêmeos duma gazela.
O teu pescoço é como uma torre de marfim.
Os teus olhos são como as piscinas de Hesebon,
que estão situadas junto da porta de Bat-Rabim.
O teu nariz é como a torre do Líbano,
que olha para Damasco.
A tua cabeça levanta-se como o monte Carmelo;
os cabelos da tua cabeça são como a púrpura
um rei ficou preso às suas madeixas.
Quão formosa e encantadora és,
meu amor, minhas delícias!
A tua figura é semelhante a uma palmeira.
Eu disse. Subirei à palmeira,
e colherei os seus frutos.
Os teus seios serão, para mim, como cachos de uvas,
e o perfume da tua boca como o das maçãs.

[ Salomão ]


Para ler o texto completo do Cântico dos Cânticos:
http://www.dhnet.org.br/w3/henrique/espiritualidade/salomao/cantares.html

Sobre Salomão:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Salomão



Sobre Salomão e seus Cânticos

De todos os livros bíblicos, o de Salomão (chamado de Salmos) é possivelmente uma das contribuições literárias mais importantes da cultura judaíco-cristã-islâmica.


As três principais religiões monoteístas encaram Salomão como um dos seus.

Sou materialista convicto desde meus 14 anos.

Antes era materialista não muito convicto. Depois de ler o Testamento de Leon Trotsky e a Teses de Feuerbach do Marx me resolvi nos assuntos religiosos.

Na minha família sempre houve ecumenismo religioso que me deixava confuso. Catolicismo, Umbanda, Budismo e ainda tios evangélicos...

Trabalhando no comércio ambulante com meu pai soube que o respeito religioso é condição para vender.

Descobri isso também lendo as histórias do Conan, o Bárbaro que sabiamente aprendia tudo sobre as religiões por onde caminhava e só citava as divindades locais para ter o mínimo de proteção. Esse era o resultado dele crer em Crow, o deus da montanha dos cimérios, que pouco se importava com os seus adeptos.

Quando li esse poema, trecho do Cântico dos Cânticos me lembrei de dois filmes importantes. Filmes que me marcaram muito.

O primeiro foi o “As minas do Rei Salomão” adaptação para o cinema do clássico livro da aventuras de Allan Quatermain, o aventureiro da África criado e escrito por Henry Rider Haggard. Esse filme eu assisti em 1985, no cinema. Foi a primeira vez que fui ao cinema com meu pai. Era legendado. Não entendi muito, mas dei muita risada das imagens.

O segundo foi o “Footloose – Ritmo Louco” sobre uma cidade ultra-religiosa nos EUA onde a música para dançar, a bebida e o direito de festas foi havia sido proibida. E numa polêmica com os jovens que queriam fazer festas, uma disputa rola com os poderes municipais até que o ator principal pega a bíblia e cita as festas de Salomão onde rolava música e vinho.

Independentemente das opiniões religiosas de cada um dos leitores, recomendo a leitura deste trecho pois ele é belo.

E como gosto de lembrar a máxima preferida de Marx: “nada de humano me é estranho”.

Boa leitura.

Alexandre Linares

Livro "As minas do Rei Salomão" – Tradução de Eça de Queiróz
http://www.gutenberg.org/files/22015/22015-h/22015-h.htm

Clipe de "Footloose - Ritmo Louco"
http://www.youtube.com/watch?v=nwBbMXYDsXw

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Livros e flores

Teus olhos são meus livros.
Que livro há aí melhor,
Em que melhor se leia
A página do amor?

Flores me são teus lábios.
Onde há mais bela flor,
Em que melhor se beba
O bálsamo do amor?

[ Machado de Assis ]




Leia mais poemas de Machado de Assis
http://www.jornaldepoesia.jor.br/machado.html

História interessantíssima (sobre Machado) - Wilson Martins
http://www.jornaldepoesia.jor.br/wilsonmartins132.html

Para saber mais sobre Machado de Assis
http://pt.wikipedia.org/
wiki/Machado_de_Assis

Portal do Machado de Assis (com obra completa) desenvolvido pelo MEC
http://portal.mec.gov.br/machado




Mensagem aos leitores de Desonra dos Poetas

Eu sou um herege.

Desses que o frei dominicano Nicolau Eymerich não teria dúvidas de enviar para a fogueria.

Pouco lí de Machado de Assis.

Não tenho dúvidas: a escola me traumatizou.

Nem me lembro quando falaram para ler Machado de Assis na escola. Só sei que não passei da quinta página.

Do mesmo modo ocorreu com o José de Alencar. Esse sofreu mais. Quando a professora ordenou ler um obra sua, mas omitiu que o José de Alencar foi um ardoroso defensor da escravidão.

Antes de ler o livro indicado, lí sua biografia. Soube que no no Senado Imperial, denunciava os abolicionistas brasileiros como "haitianistas", pois queriam acabar com a exploração do trabalho escravo.

Na prova escrevi uma longa redação sobre porque me recusava a ler um escravocrata canalha. Foi divertido.

Mas no caso do Machado de Assis, acho que erraram os professores em propor um livro tão pesado para um jovem sem leitura e eu errei ao não me esforçar para conhecer esse fundador da literatura brasileira.

Tive sorte maior com o Eça de Queiroz. A minha querida professora Aliete, uma entusiasta da literatura, fez uma apresentação do autor português tão intensa, que quando peguei "A Relíquia", me intimei a chegar até a última página (inclusive colaborei de algum modo com a genial adaptação em Quadrinhos feita por Marcatti, que você pode ler um trecho clicando aqui). E olha que para chegar na página 100 foi com muito esforço. Depois deslanchou.

Algum tempo depois pude ler a um livro de crônicas do Machado de Assis. Lembro de uma chamada "Analfabetismo" de 1876. Era uma de uma indignação contra as instituições que sustentavam um país onde apenas 30% das pessoas sabiam ler.

Hoje, na data do centenário de morte de Machado, me coloco o problema de superar esse trauma e encarar a obra do Machado. Começo pela poesia.

Espero que gostem.

Alexandre Linares

PS1: Também homenageio os editores Antônio do Amaral Rocha e Valentim Facioli da Nankin Editorial
que tanto trabalham na divulgação dos estudos sobre Machado de Assis e da boa poesia também.

PS2: Um acaso. Na pesquisa encontrei essa crônica de Machado de Assis sobre José de Alencar.
http://portal.mec.gov.br/machado/arquivos/html/cronica/macr18.htm



quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sextina e o cinema de Andrei Tarkovski


Aqui pouco descansa o público.
Quando o homem se encastela, bosque dos bosques
as jóias se convertem em flores, e a água
comporta e alerta um total de livros.
A luz nos conforta em cada cristal,
e cada gota vale por uma vida.

Aqui o cinema paga com a vida.
Cabe elevar e não esconder em público.
Abaixo, o pensamento; acima, o cristal.
A imagem e a palavra enlaçam bosques.
O tempo e a natureza se passam por livros
e a água rega o cinema com outra água.

Flui o tempo, justo como a água
que faz subir e descer da morte a vida.
Do presente e do passado faz cem livros,
e a resposta tem que ter bom público,
pois a madeira não entende que existam bosques,
nem paga, se é rico, quem quebra um cristal.

Blocos de tempo sobre este cristal
que lança o barro e deixa só a água,
o “filme” arma uma montagem onde campos e bosques
entram na rodagem, e tudo é vida.
Insufla o espírito. Decifra o público
os planos ou faz pipas com folhas de livros?

A água quieta de alguns livros
é corrente interna, e não há cristal
que não mostre um reflexo de imagem ao público;
assim como faz o pensamento, vai jogando a água
com uma corrente interna que dá vida
aos personagens através dos bosques

esculpidos em símbolos. Uns bosques
que se empobrecem sem som metidos em livros.
Tomemos outro estilo; vai embora a vida.
O tempo é um imenso palácio de cristal.
Não há sinal ausente sob esta água.
Respira o filme no espelho de um público.

Com freqüência o público olha e não vê. Bosques,
fogo, ar e água, no cinema como nos livros,
dão ao cristal uma virtude de vida.

[ Joan Brossa ]



Sobre Joan Brossa

Joan Brossa (1919-1998), um dos mais notáveis poetas da Espanha depois da Guerra Civil, viveu exclusivamente da sua arte poética. Trabalhou também com teatro, cinema, música, artes gráficas e plásticas. É autor de Gart (roteiro cinematográfico, 1948), Em va fer Joan Brossa (editado e impresso por João Cabral de Melo Neto, 1951), Poemes Civils (1961), Accions Musicals (poesia cênica combinada com música, 1975), Poemes-objete (1978), entre outros.

Eu recomendo o livro Poesia Vista de Joan Brossa
Editado pelos queridos amigos Stella, Vanderley e Barbão da Amauta Editorial, A seleção e tradução é do virtuoso Vanderley Mendonça.
http://www.amautaeditorial.com/index.php?secao=catalogo&idl=12&cl=4




Saiba mais sobre Joan Brossa

http://pt.wikipedia.org/wiki/Joan_Brossa
http://www.joanbrossa.org/



Sobre Andrei Tarkovski
http://www.jornaldepoesia.jor.br/ag39tarkovski.htm

http://www.geocities.com/contracampo/notassobreandreitarkovski.html


Filmografia completa (em inglês):
http://www.imdb.com/name/nm0001789/


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Sextina al cinema d'Andrei Tarkovski

[ Catalão ]

Aquí poc reposa el públic.
Quan I'home s'encastella, bosc dels boscos,
les joies esdevenen flors, i l'aigua
amara i posa alerta tot de llibres.
La llum ens reconforta en cada vidre,
i cada gota val per una vida.

Aquí el cine paga amb vida.
Toca elevar i no pas ronsejar en públic.
Per sota, el pensament; per sobre, vidre.
La imatge i la paraula enllacen boscos.
El temps i la natura es passen llibres,
i l'aigua rega el cine amb una altra aigua.

Flueix el temps, talment aigua
que fa pujar i baixar de mort a vida.
Del present i el passat en fa cent llibres,
i la resposta ha de tenir bon públic,
perquè el fustam no entén que hi hagi boscos,
ni paga, si és ric, qui trenca un vidre.

Blocs de temps sobre aquest vidre
que llença el fang i deixa només l'aigua,
el film arma un muntatge on camps i boscos
entren en el rodatge, i tot és vida.
Alena I'esperit. ¿Desxifra el públic
els plans o fa ocellets amb fulis de llibres?

L'aigua quieta d'uns llibres
és correntía interna, i no hi ha vidre
que no mostri un reflex d'imatge al públic;
tal com fa el pensament, va jugant l'aigua
amb un corrent intern que dóna vida
als personatges a través de boscos

tallats en símbols. Uns boscos
que s'empobreixen si es fiquen en llibres.
Prenguem un altre estil; hi va la vida.
El temps és un immens palau de vidre.
No hi ha senyal absent sota aquesta aigua.
Respira el film en el mirall d'un públic.

Sovint el públic mira i no veu. Boscos,
foc, aire i aigua, al cine com als llibres,
donen al vidre una virtut de vida.

[ Joan Brossa ]

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Sextina a el cine de Andrei Tarkovski

[ Catalão ]

Aquí poco descansa el público.
Cuando el hombre se encastilla, bosque de los bosques
las joyas se convierten en flores, y el agua
sujeta y alerta un todo de libros.
La luz nos conforta en cada cristal,
y cada gota vale por una vida.

Aquí el cine paga con la vida.
Toca elevar y no esconder en público.
Por debajo, el pensamiento; por encima, el cristal.
La imagen y la palabra enlazan bosques.
El tiempo y la naturaleza se pasan libros
y el agua riega el cine con otra agua.

Fluye el tiempo, justo como agua
que hace subir y bajar de muerte a vida.
Del presente y pasado hace cien libros,
y la respuesta tiene que tener buen público,
porque la madera no entiende que haya bosques,
ni paga, si es rico, quien rompe un cristal.

Bloques de tiempo sobre este cristal
que lanza el barro y deja solo el agua,
el "film" arma un montaje donde campos y bosques
entran en el rodaje, y todo es vida.
Insufla el espíritu. ¿Descifra el público
Los planos o hace pajaritas con hojas de libros?

El agua quieta de unos libros
es corriente interna, y no hay cristal
que no muestre un reflejo de imagen al público;
tal como el pensamiento hace, va jugando el agua
con una corriente interna que da vida
a los personajes a través de los bosques
tallados en símbolos. Unos bosques
que se empobrecen si son metidos en libros.
Tomemos otro estilo; nos va la vida.
El tiempo es un inmenso palacio de cristal.
No hay señal ausente bajo esta agua.
Respira el film en el espejo de un público.

A menudo el público mira y no ve. Bosques,
fuego, aire y agua, al cine como a los libros,
dan al cristal una virtud de vida.

[ Joan Brossa ]

Recorda-te um dia


Recorda-te um dia
desta cidade despedaçada
entre o barulho a besteira e a dor.
Criamos a infidelidade
o azul dos trottoirs de outro continente.
A loucura se tornou útil.
Dedicamo-nos a desenhar
portas de saída.


Desde teus olhos
o vazio está por reinventar.


Escuta a prece de nossos sexos
abafada pelo peso das palavras
o buraco de vosso blue jean
é a única janela
que dá para a esperança.
Todos sonhamos com trottoirs.
Os gritos de nossa nudez
são sem saída
como vossos silêncios.


[ Emmelie Prophéte ]



Emmelie Prophète é poeta haitiana.

Saiba mais sobre Emmelie Prophète (em francês):
http://www.lehman.cuny.edu/ile.en.ile/paroles/prophete_emmelie.html


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MENSAGEM AOS LEITORES

O Haiti é uma nação espetacular.

Era o maior tesouro da França do antigo regime. Representava sozinha 40% de todo comércio exterior francês.

Uma nação negra. O braço escravo que produzia o açúcar para Europa.

Esse braço tinha costas, e essas eram marcadas com o chicote.

Esse braço tinha olhos que podia ver a miséria e a injustiça que eram submetidos.

Esse mesmo braço escravo, também tinha ouvidos. E os ventos da Grande Revolução de 1789 sussurram suas divisas: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Toussaint L’Overture, o general do povo Haitiano ouviu. E organizou a luta. E abriu o caminho para revolução haitiana.

Por causa dele a termo haitianista tornou-se alcunha de qualquer um que lutasse pela

O ex-escravo Jean-Jaques Dessalines lutou e derrotou as forças de Napoleão e libertou o Haiti.

O povo negro haitiano mostrou que os escravos podem acabar quebrar os grilhões e com suas próprias mãos decidir seu futuro.

Mas as elites opressoras do mundo nunca perdoaram isso. O escritor Eduardo Galeano, autor de incrível As veias abertas da América Latina definiu isso como a “Maldição Branca” (clique aqui para baixa uma brochura da Juventude Revolução - IRJ com o texto), num texto muito claro e importante sobre a história do Haiti que recomendo.

Essa “Maldição Branca” é o ódio contra um povo que conquistou a liberdade. É o mesmo ódio usado Espártaco que com seu exército foi crucificado.

Ano após anos o povo do Haiti foi violentado em sua soberania. Estigmatizado. Ocupações, dívidas indenizatórias, ditaduras sangrentas de Papa Doc e Baby Doc... Tudo isso pois não aceitam que um povo tenha se libertado contra a opressão.

Hoje o Haiti está ocupado pela ONU. As tropas brasileiras comandam esse absurdo. O vídeo do jornalista estadunidense Kevin Pina: “O que se passa no Haiti?” (clique no link para assitir no google vídeo) está sendo divulgado em todo o Brasil.

No próximo dia 10 de outubro em várias partes do Brasil vão ocorrer manifestações pela retirada das tropas de ocupação do Haiti em todo o continente. No Brasil vão ocorrer manifestações em pelo menos 20 cidades. Em São Paulo será uma concentração as 17h na esquina da Av. Paulista com a Rua Augusta, no escritório da presidência da República.

Ler esse poema da Emmelie Prophéte é uma demonstração clara que o Haiti e o povo haitiano devem decidir eles próprios o seu futuro. Sem ocupações e violações a sua soberania.

Perdoem-me pelo tamanho desta mensagem. Mas pelo Haiti, vale a pena.

Saudações,

Alexandre Linares
Editor -
http://desonradospoetas.blogspot.com