Teus olhos são meus livros.
Que livro há aí melhor,
Em que melhor se leia
A página do amor?
Flores me são teus lábios.
Onde há mais bela flor,
Em que melhor se beba
O bálsamo do amor?
[ Machado de Assis ]
Leia mais poemas de Machado de Assis
http://www.jornaldepoesia.jor.br/machado.html
História interessantíssima (sobre Machado) - Wilson Martins
http://www.jornaldepoesia.jor.br/wilsonmartins132.html
Para saber mais sobre Machado de Assis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis
Portal do Machado de Assis (com obra completa) desenvolvido pelo MEC
http://portal.mec.gov.br/machado
Mensagem aos leitores de Desonra dos Poetas
Eu sou um herege.
Desses que o frei dominicano Nicolau Eymerich não teria dúvidas de enviar para a fogueria.
Pouco lí de Machado de Assis.
Não tenho dúvidas: a escola me traumatizou.
Nem me lembro quando falaram para ler Machado de Assis na escola. Só sei que não passei da quinta página.
Do mesmo modo ocorreu com o José de Alencar. Esse sofreu mais. Quando a professora ordenou ler um obra sua, mas omitiu que o José de Alencar foi um ardoroso defensor da escravidão.
Antes de ler o livro indicado, lí sua biografia. Soube que no no Senado Imperial, denunciava os abolicionistas brasileiros como "haitianistas", pois queriam acabar com a exploração do trabalho escravo.
Na prova escrevi uma longa redação sobre porque me recusava a ler um escravocrata canalha. Foi divertido.
Mas no caso do Machado de Assis, acho que erraram os professores em propor um livro tão pesado para um jovem sem leitura e eu errei ao não me esforçar para conhecer esse fundador da literatura brasileira.
Tive sorte maior com o Eça de Queiroz. A minha querida professora Aliete, uma entusiasta da literatura, fez uma apresentação do autor português tão intensa, que quando peguei "A Relíquia", me intimei a chegar até a última página (inclusive colaborei de algum modo com a genial adaptação em Quadrinhos feita por Marcatti, que você pode ler um trecho clicando aqui). E olha que para chegar na página 100 foi com muito esforço. Depois deslanchou.
Algum tempo depois pude ler a um livro de crônicas do Machado de Assis. Lembro de uma chamada "Analfabetismo" de 1876. Era uma de uma indignação contra as instituições que sustentavam um país onde apenas 30% das pessoas sabiam ler.
Hoje, na data do centenário de morte de Machado, me coloco o problema de superar esse trauma e encarar a obra do Machado. Começo pela poesia.
Espero que gostem.
Alexandre Linares
PS1: Também homenageio os editores Antônio do Amaral Rocha e Valentim Facioli da Nankin Editorial que tanto trabalham na divulgação dos estudos sobre Machado de Assis e da boa poesia também.
PS2: Um acaso. Na pesquisa encontrei essa crônica de Machado de Assis sobre José de Alencar.
http://portal.mec.gov.br/machado/arquivos/html/cronica/macr18.htm
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
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