Canta tua poesia engasgada
embranquecida no ritmo dos
dias todos tolos
Dias esquecidos todos roucos
irreconhecidos,irreconhecíveis
novos poucos.
Enquanto vivo meu mundo
amarelecido, desconhecido de mundos outros
Enquanto todos vivem seu mundo
embevecido, privativo
compulsório irrefletido
irremissível oco
Fala tua poesia rasgada
de versos incontidos
combativos do impessoal infinitivo
Infinito, sem fim, sem limite
definido
Dias reconhecidos em mundos outros
inserido, incumbido
de produzir o improduto
homem novo
reflexivo, referido
reagido ao desvalido mercantil enobrecido
informa, forma, manifesta uma prosa
poética polifilética
E desengasga teu canto
minha fala
reconhecida, proferida, individida
fala escancarada,
poesia,
desejada desterrada.
[ R.N. ]
Sobre a autora:
R.N. é uma querida amiga e camarada.
Me presenteou com esse pequeno poema no dia do meu aniversário (7/10).
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Mensagem aos leitores
Peço desculpas pela ausência.
Tive problemas técnicos com a internet, por isso não pude enviar as edições do A Desonra dos Poetas.
Agora retomamos o leme dessa pequena nau.
Saudações,
Alexandre Linares
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